Será que fiz o que devia ter feito?
Não terei ficado tempo demais, apreciando os que passavam?
Não terei dado pouca atenção aos que pararam, desistiram de prosseguir?
Quando me perguntaram, o que é a felicidade, terei dado a resposta certa?
Auxiliei os que cruzaram meu caminho atrás de um objetivo?
Não terei ficado mais tempo descansando do que trabalhando?
E o amor? Consegui colocá-lo entre os sentimentos mais nobres? Cultivei-o? Respeitei-o? Aceitei-o?
Quantos nascer de sol observei? E quantos por de sol apreciei?
Passei alguma madrugada a beira da praia observando
o mar, tentando entender os seus mistérios?
Quantas vezes me deixei abater pelo desespero e desejei morrer?
Quantas vezes escutei a frase “Eu te amo, e quantas vezes a recitei com sinceridade”?
Não terei esquecido de ser feliz barganhando momentos sublimes, por noitadas insones?
Quantas vezes maldisse a vida, decepcionando os que acreditavam em mim?
Terei sido feliz? Sou feliz?